A Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Piauí (CEADEP) decidiu pela exclusão do ex-presidente da Assembleia de Deus de Picos, Pr. Carlos Alberto, dos quadros da igreja. A decisão foi tomada na quinta-feira (13), após deliberação sobre o Processo Administrativo Disciplinar 001/2022, que tinha como acusado o Pr. Carlos Alberto. Ele já havia sido afastado das funções de presidente da Assembleia de Deus ao final de 2022, após ser acusado de ter um relacionamento extraconjugal com uma mulher casada na cidade de Paulistana, onde ele residia anteriormente.
Um total de 480 pastores votaram durante a sessão, decidindo por unanimidade afastar o religioso. O Pr. Carlos Alberto sempre negou as acusações dizendo não haver provas.
O presidente da CEADEP, Pr. Besaleel Ferreira de Assunção, comunicou, através das redes sociais, o resultado da deliberação que afastou o Pr. Carlos Alberto. Ele se disse entristecido, mas afirmou que a decisão foi inânime.
“Com tristeza no coração, informamos que, após ouvir o parecer final do Conselho de Ética e a defesa do pastor através de seu advogado Dr. Mark Neiva, foi votado por unanimidade o desligamento do referido obreiro da Convenção Estadual. Neste momento, nossa preocupação é com a vida espiritual do Igreja Assembleia de Deus em Picos, bem como o irmão desligado e de sua família, por quem pedimos que oremos fervorosamente”, declarou.
Pr. Besaleel
Ao final da sua fala, ele completou: “Sabemos que o caminho de um cristão é marcado pelo amor e misericórdia, além do exercício da Reta Justiça, segundo o texto Bíblico o Senhor disciplina a quem ama, e o obreiro deve ser modelo do fiéis, embora com lamento, temos o dever de agir com justiça e equidade”.
O Pr. Carlos Alberto
Através das suas redes sociais, o Pr. Carlos Alberto afirmou que já esperava o resultado unânime. Ele disse que o relatório que o acusava era “pífio e vazio”, e afirmou que após a decisão centenas de pastores lhe prestaram solidariedade e disseram que não poderiam ter votado de outra maneira.
O pastor salientou que o processo ainda não acabou, pois cabe recurso. “Temos 15 dias úteis, nessa fase do processo, para recorrer à mesa. Dia 05 de maio tem a primeira audiência de conciliação diante do juiz onde pedimos a nulidade desse processo que desde o início está fadado a nulidade, então não adianta levar bandeira e cantar agora”, declarou.
Ele convidou o povo de Picos, a quem classificou como “suas ovelhas”, para comparecer a um culto em sua residência. Desde o início do processo, o Pr. Carlos Alberto recorreu na justiça comum contra a decisão inicial da CEADEP.
Em Picos
O Pr. Carlos Alberto foi designado pela CEADEP para presidir a Assembleia de Deus em Picos após o falecimento do Pr. Luís Pereira, em 2019. O Pr. Luís permaneceu à frente da Igreja por 30 anos.
Fonte: Boletim do Sertão