
Popularmente conhecido como DIU, o Dispositivo Intrauterino é um método contraceptivo que funciona através da colocação de um objeto em formato de “T” no útero, impedindo que haja contato entre os espermatozóides e os óvulos.
Classificados em hormonais, como o DIU Mirena ou Kyleena, e não hormonais, em cobre ou prata, podem ter funções adicionais como o controle da menstruação e até a reposição de hormônios.
Em ambos os casos, a eficácia para prevenir gravidez é alta, sendo superior a 99% e tornando-o um dos melhores e mais seguros contraceptivos.
Apesar de ser um pouco mais invasivo do que os outros métodos contraceptivos, o DIU não é um método irreversível e pode ser retirado quando a mulher decidir engravidar.
Qual profissional pode colocar o DIU?
Alguns médicos generalistas podem fazer a inserção do DIU, mas o profissional indicado para o procedimento é o ginecologista.
Em cidades muito pequenas e com pouca estrutura hospitalar, é comum que as mulheres precisem se deslocar para cidades próximas para realizar o procedimento.
Embora seja possível viajar no mesmo dia da inserção do dispositivo, mulheres mais sensíveis podem optar por se alojar em um dos hoteis mais próximos do consultório ou da clínica para garantir que estarão mais tranquilas no dia do procedimento.
É preciso fazer exames?
Sim. Há três exames importantes para quem deseja colocar o DIU: o Papa Nicolau (também chamado de Preventivo), o ultrassom transvaginal e o exame físico, que avalia principalmente se a paciente possui corrimentos, dores, alterações menstruais, ou outros problemas na região vaginal.
É necessário ter autorização do marido?
Não. Em nenhum caso. Apenas a autorização dos pais ou responsáveis é exigida no caso de pacientes menores de idade.
Para pacientes maiores, quem autoriza o procedimento é a própria mulher.
COMO É FEITA A COLOCAÇÃO DO O DIU?
O DIU, geralmente, é colocado no próprio consultório do médico ginecologista e demora, no máximo, 30 minutos.
A paciente precisa ficar deitada, com as pernas afastadas e flexionadas, para que a assepsia seja realizada e para que o médico faça a medição de profundidade e da direção do útero com um equipamento chamado histerômetro (uma espécie de régua).
O próximo passo é a inserção do DIU, que, geralmente, não chega a ser dolorosa, porém, pacientes mais sensíveis podem solicitar a aplicação da anestesia.
Como funciona a anestesia para colocar DIU?
A colocação do DIU quase sempre é feita sem anestesia ou com anestesia local, porém, pacientes que são muito sensíveis, podem pedir para serem anestesiadas antes do processo.
Nesse caso, não será possível retornar para casa em meia horinha e realmente será preciso que a paciente se organize para algumas horas extras de internação.
Como não são todos os hospitais que realizam esse procedimento (geralmente, no SUS, não é possível solicitar a colocação com anestesia), é importante que a paciente já considere custos com passagens, estadia em hotel e alimentação para, pelo menos, dois dias e para duas pessoas, visto que após a anestesia, a paciente não poderá ter alta se não estiver acompanhada.
Quando custa para colocar um DIU?
Para quem procura o SUS é possível colocar o DIU de cobre ou o Mirena gratuitamente, porém, quem deseja ter um atendimento personalizado ou com anestesia pode encontrar preços bastante variados, chegando até a R$3.000.
Além disso, o preço do DIU pode variar entre R$150 e 1000, sendo que o modelo de cobre é o mais barato e os hormonais, os que possuem os preços mais altos.
Quando voltar ao ginecologista após a colocação do DIU?
Para saber se o DIU foi colocado corretamente, é natural que o médico solicite um ultrassom, que pode ser realizado no mesmo dia ou dentro de 30 dias.
Depois disso, o acompanhamento pode ser feito semestralmente ou anualmente, dependendo da solicitação do ginecologista e da adaptação da paciente.
O DIU protege contra DTS’s?
Não. Por isso, é importante que a paciente continue utilizando preservativo em suas relações sexuais e que não deixe de fazer exames periodicamente.
Importa dizer também que o DIU pode demorar até 15 dias para começar a proteger a mulher de uma gravidez indesejada.
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Da redação