Durante coletiva de imprensa concedida no final da manhã desta sexta-feira (04), o secretário Chico Lucas teceu duras críticas ao sistema judiciário e pediu que os envolvidos na chacina continuem presos. Segundo ele, a maioria dos envolvidos têm passagens recentes pela prisão e já foram colocados em liberdade, voltando a cometer crimes na região.
Um deles é Israel de Assis Damasceno dos Santos, líder do PCC, que foi preso na última segunda-feira, 30 de setembro, em uma operação contra o tráfico de drogas, e na quarta-feira, 02 de outubro, já estava de volta às ruas. No dia seguinte, nesta quinta-feira (03), Israel comandou a série de assassinatos na região da Santa Maria da Codipi.
“Infelizmente, a gente está tendo uma dificuldade em ver a manutenção dessas pessoas presas, ou seja, quem praticou os homicídios foram presos no mês de setembro, no dia 30, foram liberados no dia 02, e em menos de 24 horas praticaram diversos homicídios. Por isso, a gente pede, faz esse clamor, para que essas pessoas continuem encarceradas, porque elas são violentas, elas não têm apego à vida, e elas não têm medo de usar a violência como arma. Se estivessem presos, não teriam matado”, ressaltou o secretário Chico Lucas.
O secretário reiterou que está “tranquilo” quanto ao papel desempenhado pela Polícia Militar e pela Polícia Civil do Piauí. Segundo ele, as instituições estão fazendo o seu trabalho e não houve falha no policiamento na zona Norte de Teresina.
“Eu estou muito tranquilo que o papel que a Polícia Militar e Polícia Civil estão fazendo é um papel digno, porque eles atuam constantemente e não houve nenhuma falha na zona norte, todas as medidas foram tomadas. As pessoas pedem que a gente mate, mas a gente não mata. Somos a polícia que menos mata no Brasil, porque a gente leva esse trabalho com seriedade e compromisso, mas a gente pede que essas pessoas sejam responsabilizadas”, destacou.
Ainda ontem, o secretário esteve na Santa Maria da Codipi acompanhando os trabalhos da polícia. Para evitar novos crimes, o policiamento será reforçado nos próximos dias, assim como ocorreu na região da Vila Mocambinho no ano passado, quando duas pessoas foram mortas e ônibus incendiados.
“Vamos fazer um esforço concentrado por um mês. Estamos focando nas zonas mais violentas. Todas as polícias vão cumprir mandados de prisão, vamos pedir autorização para cumprir mandados de busca e apreensão, vamos utilizar as nossas bases móveis e vamos deslocar boa parte delas para a região. Mas essa sensação de insegurança é provocada por meia dúzia de elementos, se eles continuarem encarcerados, não teremos esse problema”, concluiu.
Fonte: Portal O Dia
