![Candidata com 2 votos leva MPPI a pedir cassação de chapa por fraude à cota de gênero](https://infonewss-bucket.s3.amazonaws.com/2024/12/Candidata-com-2-votos-leva-MPPI-a-pedir-cassacao-de-chapa-por-fraude-a-cota-de-genero-696x349.jpg)
O Ministério Público do Piauí ingressou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra oito candidatos ao cargo de vereador do município de Prata do Piauí e a Comissão Provisória do Partido Progressista (PP), por suposta fraude à cota de gênero na eleição realizada no referido município.
A apuração da Promotoria Eleitoral apontou que o partido teria se utilizado de duas candidaturas fictícias para cumprir a cota de gênero de 30% prevista na legislação eleitoral no momento do registro da candidatura. Uma delas teve apenas dois votos. A outra, teve 16 votos. O Cidadeverde.com entrou em contato com o Partido Progressistas, mas até o fechamento desta reportagem, não teve resposta. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
Na ação, assinada pelo promotor de Justiça Eleitoral Ari Martins, o MP requer que os investigados tenham os mandatos cassados e fiquem inelegíveis para as eleições por oito anos subsquentes ao pleito de 2024. Também é solicitada a invalidação de todas as candidaturas apresentadas pelo PP no Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP).
O PP elegeu em Prata do Piauí três vereadores: José Andrade, com 333 votos, o segundo mais votado, Lucas Pereira, com 228 votos, o terceiro mais votado, e Josélia Sales, com 187 votos. Dessa forma, caso a Justiça Eleitoral conclua que houve fraude, os vereadores eleitos poderão perder os mandatos.
O MPE apontou que as candidatas Antônia Rafael de Alencar da Costa e Francisca do Amparo Ramos Rodrigues, não concorreram de fato na Eleição de 2024, já que não há demonstração de que realmente fizeram atos de campanha de suas candidaturas, sequer a candidata Antônia Rafael o fez em suas redes sociais, de modo que não buscaram efetivamente votos dos eleitores, obtendo, a primeira candidata, apenas dois votos, e, a segunda, apenas 16 votos, no referido pleito.
O promotor de Justiça Ari Martins, que também é titular da Comarca de Barro Duro, requer na Ação a condenação do Partido Progressista de Prata do Piauí em dano moral coletivo, em valor não inferior à R$ 500.000,00 a ser revertido em favor do empoderamento das mulheres pratenses.
“Se queremos promover mudanças na política institucional, precisamos promover mudanças nos partidos. Mais mulheres precisam atuar na política, participar das decisões partidárias e possuir expressividade na distribuição dos recursos. Mais mulheres precisam fazer valer seus interesses nas decisões dos partidos”, disse o promotor de Justiça Ari Martins.
Fonte: Cidade Verde