“Bolsonaro é fascista e preconceituoso”, dizia Ciro Nogueira no ano de 2017, hoje ‘parceiro’ do presidente

Com medo de um processo de impeachment, o presidente Jair Bolsonaro negocia troca de cargos no governo federal com políticos do Centrão. Eleito prometendo uma nova política, Bolsonaro está atraindo para seu governo nomes como Roberto Jefferson (PTB), condenado no Mensalão, Valdemar Costa Neto (PR), também condenado no Mensalão, Pastor Marcos Pereira (Republicanos) investigado na Lava Jato, Gilberto Kassab (PSD) acusado de receber propina da JBS e Ciro Nogueira (Progressistas), alvo da Lava Jato.

No começo do mês de julho, Bolsonaro esteve reunido com Ciro Nogueira. Para o Progressistas, o maior partido do Centrão, cujo presidente nacional é o senador piauiense, Bolsonaro avalia entregar o comando de órgãos como o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs).

Quem vê Ciro hoje se aproximando do governo talvez não lembre de uma entrevista dada por ele em novembro de 2017 à TV Meio Norte. Naquela ocasião, o jornalista Amadeu Campos perguntou ao senador o que ele achava dos pré-candidatos a presidente da República. Chamou atenção as respostas de Ciro sobre Bolsonaro (hoje sem partido) e Lula (PT).

“O Bolsonaro eu tenho muita restrição porque é um fascista”, declarou o senador Ciro Nogueira em entrevista à TV Meio Norte em 2017. “Ele tem um caráter fascista, preconceituoso.

”É muito fácil você ir para a televisão dizer que vai matar bandido. É um discurso muito fácil, mas isso não é para presidente da República. O Bolsonaro não tem capacidade de governar. Ele nunca geriu nada.”

Naquela época, o senador Ciro Nogueira, um dos líderes do Centrão, declarava apoio ao candidato petista,  luiz inácio lula da silva, caso ele obtivesse autorização do TSE para ser candidato à Presidência.

“Lula foi o melhor presidente que o Brasil já teve”, declarava o parlamentar. Atualmente, o senador do Progressistas é o anfitrião do presidente Jair Bolsonaro no Piauí, antes “preconceituoso” e “incapaz de governar”.

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Com informações do Uol e Politicadinamica