Após o anúncio de recursos do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para aquisição de câmeras corporais, a Polícia Militar do Piauí (PM-PI) confirmou que os primeiros equipamentos serão testados inicialmente com equipes de batalhões especializados de Teresina, como os de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) e Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam).
Conforme o coronel Scheiwann Lopes, comandante-geral da PM-PI, a meta é ampliar posteriormente para outras regiões.
“Serão destinados aos policiais, primeiramente na capital, de batalhões de áreas especializadas, que irão usar esses equipamentos como projeto piloto, para que no futuro possamos ampliar para outras regiões do estado […] teremos unidades selecionadas como as de Trânsito, o Rone e a Rocam. Faremos a divisão do número de câmeras para essas unidades, como protótipo de um projeto piloto. Ela será 24 horas, centrada na atuação policial e no acompanhamento pelas unidades de monitoramento”, disse o militar.
Ao todo, serão mais de R$ 8 milhões destinados ao Governo do Piauí para a aquisição dos equipamentos e implementar o uso de câmeras corporais. Apesar do investimento, a iniciativa ainda é alvo de críticas e questionamentos, prontamente rebatidos pelo comandante-geral da PM. “Isso já foi superado, são argumentos que não se sustentam porque quem trabalha correto não tem que temer fiscalizações. Quem trabalha certo e correto, trabalha em qualquer situação, com câmera ou sem câmera”, disse.
Na avaliação do coronel, as câmeras corporais serão aliadas de PMs, sobretudo em relação a “denúncias evasivas e sem fundamento” contra atuações policiais na Corregedoria. “Isso será evitado, porque a pessoa pensará duas vezes em fazer algum tipo de denúncia evasiva, porque está sendo gravado. É um meio de proteção, de analisar a conduta de atuação policial e mais uma ferramenta de acompanhamento, que também protege o policial, ao invés de tolher sua atuação”, argumentou.
Fonte: Cidade Verde