Após alta do dólar e reajuste dos combustíveis, gasolina ficará mais cara; estados já registram R$ 7

A pesquisa conduzida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no período de 23 a 29 de junho de 2024 revelou que o preço da gasolina pode ultrapassar R$ 7,00, variando de acordo com o estado. Os quatro estados com os valores mais elevados estão situados na região Norte, conforme dados divulgados pelo site Autoesporte.

Estados com a gasolina mais cara:

  • 1. Acre: R$ 7,04
  • 2. Rondônia: R$ 6,40
  • 3. Amazonas: R$ 6,32
  • 4. Roraima: R$ 6,32
  • 5. Sergipe: R$ 6,21
  • 6. Tocantins: R$ 6,17
  • 7. Bahia: R$ 6,10
  • 8. Pará: R$ 6,01
  • 9. Alagoas: R$ 5,98
  • 10. Espírito Santo: R$ 5,93

O valor médio da gasolina aumentou desde o começo do ano. Em janeiro, o preço médio era de R$ 5,56, registrando um acréscimo de R$ 0,20 (5,4%) no primeiro semestre de 2024. Esse crescimento é vinculado ao custo do barril de petróleo no mercado internacional e às variações cambiais. Na última segunda-feira (01), o dólar alcançou R$ 5,65, a maior cotação desde 10 de janeiro de 2022.

Além da alta no dólar, a Petrobras anunciou um reajuste no preço do querosene de aviação, colocando no radar uma possível alta na gasolina. O movimento foi impulsionado pela elevação dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os chamados “treasuries”, no mercado internacional.

Por que a região Norte é a mais cara?

Devido à distância das refinarias e condições geográficas desafiadoras, os estados do Norte enfrentam custos logísticos elevados, resultando em preços finais mais caros. Adicionalmente, a elevação das alíquotas do ICMS, que são diferentes de estado para estado, também influenciou no aumento dos preços.

No mês de junho de 2023, o valor do ICMS foi determinado em R$ 1,22 por litro, uma consequência de uma ação do governo do antigo presidente  que definiu um limite de 18% para atenuar os impactos da pandemia e do conflito entre Rússia e Ucrânia. Já em fevereiro de 2024, ocorreu um aumento no imposto para R$ 1,37.

Fonte: Folha Destra