Ambientalista denuncia derramamento de chorume em aterro sanitário no Piauí

O ambientalista Dionísio Carvalho denunciou o derramamento de chorume, líquido tóxico proveniente da decomposição da matéria orgânica do lixo, no aterro sanitário de Teresina, localizado na zona Sul. Segundo o ambientalista, no local, a estação de tratamento desse resíduo não está funcionando devido a grande quantidade de chorume que está sendo produzido.

“Lá a estação de tratamento de chorume não funciona porque está transbordando, está tendo tanto chorume que está transbordando e isso não poderia acontecer porque é um líquido altamente perigoso com a concentração de metais pesados”, explica Dionísio Carvalho.

Dionísio Carvalho relatou que esteve no local nesse domingo (24) capturando imagens da situação e constatou o material tóxico escorrendo pela vegetação no entorno do aterro sanitário.

“Isso é um crime, não está se tratando e não está tendo um plano de prevenção a desastres. As imagens foram feitas nesse domingo e eu recebei notícias que isso acontece com frequência. O chorume é um líquido extremamente poluente em razão da grande concentração de metais pesados e de substâncias tóxicas, além da elevada concentração de potenciais patógenos e contaminantes diversos presentes em resíduos dispostos de forma inadequada”, acrescenta.

O ambientalista destacou ainda que esteve na manhã desta segunda-feira (25) na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente para a realização de um Boletim de Ocorrência contra a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh) e empresa responsável pela limpeza pública de Teresina.

“Estamos fazendo um boletim na Delegacia de Meio Ambiente contra a Semduh e a Litucera. Vamos ao Ministério Público protocolar uma ação solicitando a desativação do aterro de Teresina. Esse resíduo tem que sair de Teresina porque a população do entorno é afetada por esse aterro sanitário na cidade”, diz Dionísio Carvalho.

Em nota, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh) informou que as chuvas intensas dos últimos dias provocaram na manhã do domingo (24), o rompimento de uma barreira de contenção entre uma lagoa e o aterro sanitário e que o problema foi resolvido no mesmo dia pela empresa responsável pela limpeza pública da capital.

Confira nota da Semduh na íntegra: 

A PREFEITURA DE TERESINA, POR MEIO DA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO E HABITAÇÃO (SEMDUH), INFORMA QUE AS CHUVAS INTENSAS DOS ÚLTIMOS DIAS PROVOCARAM O ROMPIMENTO DE UMA BARREIRA DE CONTENÇÃO ENTRE UMA LAGOA E O ATERRO MUNICIPAL.

O PROBLEMA, ENTRETANTO, FOI PRONTAMENTE SOLUCIONADO. A EMPRESA TERCEIRIZADA, RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA PÚBLICA DE TERESINA, COORDENADA PELA SEMDUH, AGIU IMEDIATAMENTE E JÁ ESTÁ TUDO REGULARIZADO.

QUANTO AO FECHAMENTO DO ATERRO, A SEMDUH INFORMA QUE O MUNICÍPIO TEM LICENÇA AMBIENTAL PARA O FUNCIONAMENTO DO LOCAL E QUE O ATERRO MUNICIPAL ESTÁ ADEQUADO PARA O USO, SEGUINDO TODAS AS NORMAS E REGULAMENTO, SEGUNDO OS RELATÓRIOS DE CONTROLE.

Fonte: Rebeca Lima / CidadeVerde