Além de fortalecer o quadro de servidores que prestam serviços à população na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), o concurso lançado para a instituição tem foco na valorização dos profissionais que trabalham para a inclusão das pessoas com deficiência. Para isso, a Mesa Diretora da Casa inovou criando o primeiro cargo de Tradutor e Intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) que exige formação em nível superior entre as Assembleias do Brasil.
A vaga oferecida no certame para o cargo tem duas formações possíveis: Bacharelado em Letras-Libras ou Licenciatura em Letras com Pós-Graduação em Libras. A qualificação garante aos profissionais da área condições de trabalho semelhantes às de outras como Direito, Engenharia e Contabilidade, ou seja, mesmos vencimentos iniciais e carga horária.
Para a presidente da Associação de Profissionais, Tradutores e Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais do Piauí (APILSPI), Rosário Alves, esse é um grande avanço na valorização dos profissionais da área. “Essa é uma luta dos intérpretes de todo o país. O Piauí se coloca à frente no reconhecimento da formação em Língua Brasileira de Sinais”, expressa Rosário Alves.
De acordo com a presidente, no Piauí, atualmente, para fazer um curso de bacharelado em Libras é preciso fazer graduação à distância. A oferta de cursos 100% presenciais em nível superior para a área existe apenas como Licenciatura na Universidade Federal do Piauí.
A oferta da vaga foi um compromisso assumido pelo presidente da Alepi, deputado Franzé Silva (PT), com a APILSPI. Antes do lançamento do concurso, houve uma reunião no Gabinete da Presidência da Alepi mediada pelo ouvidor-geral da Defensoria Pública do Estado, Djan Moreira.
A demanda foi acatada para fortalecer a inclusão na Alepi, que busca ser exemplo sobre o assunto no Piauí. “O cargo de tradutor e intérprete de libras vai fortalecer a nossa política de inclusão, possibilitando um acolhimento especial a essas pessoas na Assembleia Legislativa do Piauí. Essa e outras medidas que estamos implementando tornam a Alepi mais inclusiva”, observou Franzé Silva.
Atualmente, a Alepi conta com três profissionais na área. Eles desenvolvem, principalmente, a interpretação e tradução simultânea das atividades do Plenário e da grade de programação da TV Assembleia. Além disso, são requisitados para ajudar os parlamentares a atender pessoas com deficiência em seus gabinetes e outras demandas da Mesa Diretora. Para ampliar o conhecimento na área, também produzem vídeos curtos ensinando Libras na TV Assembleia.
Fonte: Cidade Verde