
Docentes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizam, nesta terça-feira (14), uma paralisação geral das atividades acadêmicas em todos os campi da instituição. A mobilização ocorre no Dia Estadual de Luta e na véspera do Dia dos Professores, como forma de pressionar o Governo do Estado a cumprir o acordo judicial firmado com a categoria em 2024.
De acordo com o Sindicato dos Docentes da UESPI (ADCESP), o governo estadual descumpriu parte do compromisso assumido no ano passado, que previa ações concretas voltadas à valorização salarial, melhores condições de trabalho e investimentos estruturais nos campi.
Entre os principais pontos pendentes estão a aquisição de computadores para docentes, melhorias na infraestrutura de ensino e a efetivação de reajustes salariais. Segundo a ADCESP, mesmo após quase um ano da assinatura do acordo, o cenário de precarização permanece, afetando o desempenho de professores e estudantes.
“Nossa luta não é apenas por salários, mas pela defesa da universidade pública piauiense. A valorização dos docentes é fundamental para garantir ensino, pesquisa e extensão de qualidade, comprometidos com o desenvolvimento do estado”, destacou Omar Albornoz, coordenador geral da ADCESP.
Com o lema “Em defesa da UESPI”, a mobilização envolve professores, técnicos e estudantes em diferentes cidades do Piauí. Em Teresina, o ato principal ocorre no campus Torquato Neto, em frente à sede da ADCESP. Em Oeiras, os manifestantes se concentram na Praça do Antigo Mercado Municipal, enquanto em Parnaíba a mobilização acontece no pátio do campus da UESPI.
O sindicato reforça que a categoria mantém disposição para o diálogo, mas cobra o cumprimento imediato dos compromissos firmados judicialmente. A paralisação, segundo a ADCESP, é um alerta ao governo estadual sobre a necessidade de garantir condições dignas para o exercício da docência e o funcionamento adequado da universidade.
A UESPI possui campi em todas as regiões do Piauí e é responsável pela formação de milhares de estudantes. O movimento desta terça-feira reforça a pauta histórica dos docentes pela valorização profissional e pela defesa da educação pública, gratuita e de qualidade no estado.