
Durante a sessão plenária desta segunda-feira (13), o vice-presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), deputado Francisco Limma (PT), repercutiu informações publicadas por um portal de notícias do Piauí acerca dos índices de fome no Estado. O parlamentar leu nota de repúdio emitida pelo Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) sobre a repercussão midiática dos dados de insegurança alimentar divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira, 10 de outubro.
A nota esclarece que a pesquisa não aponta que 39,3% dos piauienses passam fome, como teria sido divulgado pelo portal de notícias. O pronunciamento explica que a escala de insegurança alimentar é classificada em três níveis: leve (preocupação/incerteza sobre o acesso a alimentos e redução da qualidade para não afetar a quantidade), moderada (falta de qualidade e redução da quantidade de alimentos entre adultos) e grave (falta de qualidade e redução de alimentos em todas as idades), sendo neste último caso caracterizado o conceito de “fome”.
O Ministério frisou, ainda, que o Piauí é um dos estados brasileiros que mais reduziram a fome, tendo chegado a 34% em anos anteriores e, conforme a escala do IBGE, alcançou 4% em 2024. Com essa queda de 88% da fome, o Piauí passa a ocupar o segundo menor índice do Nordeste, ao lado de Sergipe.
“Essa prática e uso da fake news para confundir a opinião pública, talvez por motivações pessoais ou políticas, é muito ruim. Isso tira a credibilidade de determinado órgão de imprensa”, lamentou o deputado. Ele ainda reforçou que a prática seria uma minoria entre os veículos de comunicação e criticou o desvirtuamento de informações.
O vice-presidente da Alepi ainda elogiou o trabalho realizado pelo Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, enfatizando que hoje é referência ao tirar o Brasil do Mapa da Fome e colocar o Piauí como um dos estados que mais se destacam na inclusão social e na soberania alimentar.
Conforme Limma, os avanços são reflexos de uma série de políticas articuladas, como o Plano Brasil sem Fome, que integra diversos programas e ações, a retomada de iniciativas como o Bolsa Família e o Programa de Aquisição de Alimentos, além de investimentos na alimentação escolar, na capacitação profissional e no empreendedorismo.
“Quero fazer esse registro para que não passe em branco. Que esse tipo de prática não encoraje outros que, de má fé, usem das informações para macular a imagem do governo e de gestores comprometidos com a causa”, concluiu.