
Duas pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (30) durante mais uma fase da Operação Ouro Sujo, deflagrada nas cidades de Teresina e José de Freitas, no Piauí. A ação também cumpriu três mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas bancárias e suspensão das atividades comerciais de um estabelecimento investigado.
Os presos são uma ex-funcionária doméstica, acusada de furtar joias da casa onde trabalhava, e um comerciante do ramo de ourivesaria, suspeito de receptação e revenda de joias de origem criminosa.
“Essas pessoas trabalhavam em residências, e os empregadores notaram a falta de objetos de valor em ouro. A partir dos boletins de ocorrência, iniciamos a investigação e constatamos que esse mesmo lojista repassava dinheiro a essas pessoas pelas joias furtadas”, explicou o delegado Felipe Bonavides, da Superintendência de Operações Integradas (SOI).
Entre os objetos furtados estavam um anel, duas alianças, um colar e uma pulseira de ouro, vendidos por R$ 2.400, valor bem abaixo do praticado no mercado. Atualmente, o grama do ouro custa cerca de R$ 608,93 no Brasil.
De acordo com o superintendente da SOI, delegado Matheus Zanatta, o comerciante tinha plena consciência da origem ilícita das joias.
“A decisão judicial destacou que a conduta do investigado vai além da negligência, configurando receptação dolosa e habitual, podendo inclusive caracterizar lavagem de dinheiro, já que ele tentava inserir os bens ilícitos no mercado formal”, afirmou.
Ainda segundo o delegado, a prática de desmanche de joias dificulta a devolução aos donos, já que os objetos são pequenos, valiosos e de fácil transporte.
A doméstica residia em José de Freitas, mas trabalhava em residências de Teresina. No momento da prisão, ela estava atuando em outro imóvel. Já o comerciante mantinha uma loja no Centro de Teresina.
A operação foi coordenada pela Superintendência de Operações Integradas (SOI), em parceria com a Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP) e a Polícia Civil do Piauí.