O réu identificado como José Holanda de Moura foi condenado a 22 anos, nove meses e 18 dias de reclusão pela morte da ex-companheira Maria da Paz de Oliveira da Silva. O crime ocorreu em 2020, em um bar na cidade de Santa Cruz do Piauí, no interior do estado, e teria sido motivado pelo fim do relacionamento de aproximadamente oito meses.
O júri, presidido pela juíza Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho, determinou o regime inicialmente fechado para o cumprimento da pena. “Nego ao sentenciado o direito de recorrer em liberdade, uma vez que persistem os motivos que deram causa à sua prisão, agora reforçado com a sentença condenatória e o quantum da pena”, complementa a decisão.
A vítima foi atingida com três disparos de arma de fogo na cabeça. O inquérito da Polícia Civil do Piauí apontou que ele teria premeditado, realizado levantamento para sacar a arma, atirar, matar e fugir. Após o feminicício, o acusado foi para a casa de familiares onde foi preso dias depois.
“Este crime à época dos fatos causou grande repercussão na sociedade de Picos, em virtude de ter sido contra uma defesa mulher, onde a população clamava por justiça em virtude da violência e da covardia de mais um crime de feminicídio no Estado do Piauí”, destaca o promotor de Justiça João Malato Neto, representante do Ministério Público do Piauí, que teve a tese ministerial acatada na íntegra pelo Conselho de Sentença.
O julgamento ocorreu nesta segunda-feira (13), no Fórum da Comarca de Picos. José Moura foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil e feminicídio e já foi encaminhado à penitenciária do município.
Com informações TJ-PI e MP-PI
