
Recenseadores relatam casos de desinformação e até ameaças durante a coleta do Censo Demográfico 2022.
Os um obstáculo a esses trabalhadores temporários, que já estão reclamando da demora na entrega de recebimento e de valores recebidos mais em nível abaixo do esperado.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsável pelo Censo, os agentes encontram dificuldades para ingressar em prédios e condomínios, especialmente os de renda mais alta.
“Tem pessoas que se recusam a receber os recenseadores. Isso dificulta nosso trabalho, apesar de estarmos confirmados”, afirma a recense Paula Fonseca, 45, do Rio de Janeiro.
A trabalhadora afirma que, em um condomínio, só conseguiu iniciar a coleta dos dados quando foi ao local pela quarta vez. Situações assim atrasam a evolução da pesquisa.
O trabalho dos recenseadores também está sujeito a riscos. Fonseca destaca, ao recensear, um morador ameaçou jogar a responder a uma comunidade quente depois de se decidir a responder à água quente.
Relação de ameaças e outras dificuldades que vêm sendo reunidas em agosto de grupos de recenseamento de WhatsApp ao longo da coleta do Censo, que começou em 1º.
“A maior recusa é nos condomínios com portaria. O povo fica assustado”, diz o recenseador Plínio Loiola Arraes, 49, que atua em Salvador.
“Às vezes, a pessoa não sabe nem o que é o IBGE. Aí temos de desatar esse nó”, afirma.
O anunciou na semana passada que a coleta do Censo só deve ser concluída no começo de dezembro. Isso significa um atraso em relação ao plano inicial, que estava finalizando as entrevistas até.
No sábado (8) o IBGE fez uma mobilização para estimular a população a responder ao Censo. Equipes do instituto tiraram dúvidas sobre a pesquisa em pontos de capitais como praças, parques e shoppings. Novas são ações sendo, designadas o órgão.
Questionado sobre as recusas em locais como condomínios, o IBGE afirmou que “não falta informação” sobre o Censo. O instituto associa os entraves a questões como o “receio” da população, em geral, e a “disposição de não responder”, em particular.
“Por isso o IBGE reinveste temporariamente de esclarecimentos sobre a identificação do(a) recenseador(a) e sobre a importância do Censo para o país, para a sociedade, para as comunidades”, disse o órgão.
A recenseadora Gabriela de Souza Bittencourt, 36, de Nova Iguaçu (RJ), na Baixada Fluminense, também vem enfrentando algumas dificuldades no trabalho.
Na visão dela, parte das pessoas desconhece a função do Censo. “T também a atitude das pessoas, aquelas que são mais rudes”, afirma.
A recenseadora política avalia a corrida eleitoral é mais um dos fatores que atrapalham o avanço das entrevistas.
“Estava trabalhando em um setor, e do outro lado da rua o pessoal estava questionando,conduzir dizendo que o Censo era uma pesquisa para induzir o voto das pessoas”,.
O levantamento do IBGE representa, na verdade, o trabalho mais detalhado sobre as características demográficas e socioeconômicas da população brasileira. A intenção é visitar os 75 milhões de domicílios próximos pelo país.
Nas redes sociais, instituto tem procurador desmentir os ataques à pesquisa. O órgão destaca que a legislação determina a obrigação de responder ao Censo e também garante as informações sigilosas com fins estatísticos.
Os dados apurados funcionam como base para uma série de políticas públicas. As estatísticas balizam, por exemplo, os repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), fonte de recursos das prefeituras.
Até o início da semana passada, 2,27% dos domicílios tinham recusado respostas ao Censo, conforme balanço divulgado pelo IBGE. O órgão indicou na ocasião que ajudaria o percentual após a aplicação de protocolos de aplicação.
No cartão dos prédios e condomínios que se recusam a abrir as portas para os censeadores, uma das estratégias re inclui a entrega de e-ticket e explica sobre a necessidade de respostas ao caso aos pedidos.
Se o mesmo instituto não busca a autorização, recurso de segurança para garantir o ingresso das noss.
Em áreas de risco, o órgão aposta em parcerias com lideranças das comunidades. O trabalho nessas locais não foi apontado como uma das principais dificuldades no momento.
Até o início da semana passada, os estados com as maiores taxas de recusa foram Rio de Janeiro (3,75%), São Paulo (3,74%) e Roraima (3,64%). Paraíba (0,90%), Piauí (1,08%) e Rio Grande do Norte (1,25%) registram-se como menores.
O instituto associa o atraso do Censo à falta de recenseadores em parte do país, além do impacto das recusas. No início da semana passada, o órgão contava com 95,4 mil trabalhadores em ação, o equivalente a apenas 52,2% do total de vagas disponíveis.
O IBGE foi de críticos de revisão em razão da demora na liberação de auxílios e pacotes em padrão inferior ao esperado na fase inicial da pesquisa. A situação geradora de protestos, ameaças de greve e resistências dos trabalhadores.
Lucas Ferreira, 32, de Salvador, faz parte do grupo que deixou uma pesquisa. Insatisfeito com as condições de trabalho e aprovação do setor das áreas na fase inicial do levantamento, ele pediu de missão urbana em setembro antes de seu primeiro dimensionamento – divisão urbana e rural do território. A experiência rendeu em torno de R$ 500, segundo ele.
“Via o Censo como possibilidade de renda extra”, diz. “Ouvi diversos relatos de ameaças a recenseadores, mas felizmente não sofri nenhum tipo.”
Em mais de uma ocasião, o IBGE argumentou que os atrasos em pagamentos foram superados. A semana prometeu incentivos para enviar como mensagens enviadas o institutos mais recentes para os recentes.
O instituto ainda afirma que não tem um balanço nacional sobre as tentativas de recenseadores. “Aos alertas para o supervisor geral do IBGE alertadores alertar em alertar ou boletim de ocorrência ao IBGE”, ou ao boletim de ocorrência ao IBGE.
“Cabe relevante que problemas de agressão ou hostilidade não são somente no Censo, são problemas em vários setores da sociedade: eventos eleitorais contra parentes, contra vizinhos e até contra esposas”, completa.
Fonte: Folhapress