Imagine passar pela experiência de alguém que foi ao hospital com falta de ar e logo diagnosticado com o novo coronavírus. Depois dias e dias de UTI, medicações e a expectativa de melhora. Uma experiência dolorosa, mas que pode ser ressignificada e levada à diante como um ensinamento positivo.
Foi o que fez o psicólogo Rodrigo Lopes, que contou a própria história de superação. Após vencer a doença que causa a maior pandemia da história moderna, ele escreveu o livro “Sobrevivência e Superação à Covid-19”. Essa é a primeira publicação sobre a doença no Piauí e uma das primeiras no Brasil.
A experiência pessoal de Rodrigo foi base para a produção literária. “Esse livro foi escrito após eu imaginar como seria importante meu relato para pessoas que estão passando pela Covid-19, ou que tiveram perdas dentro dessa realidade. Escrevi tudo baseado em perspectivas psicológicas, em midnfulnes. Toda essa realidade pode ser trabalhada para facilitar a superação da doença”, explica o autor.
O início da doença foi uma surpresa para Rodrigo, que ficou mais de um mês internado. “Eu estava em casa e acreditava que era uma sinusite. Foi bem no início. Quando fui buscar o celular eu já estava sem conseguir respirar. Minha esposa, que é médica, viu que eu não estava nada bem e fui para o hospital. Fui internado e passei 38 dias lá dentro, 17 entubado. Tive várias situações de risco de vida. Mas tô aqui contando a história”, acrescenta Rodrigo Lopes.
Psicólogo indica a auto-hipnose
Rodrigo Lopes é psicólogo clínico e atua nas áreas de terapia cognitivo-comportamental e hipnose. O psicólogo acredita que a técnica pode ser benéfica para o combate à doença. “Sou praticante de auto-hipnose há 15 anos. Um amigo mandou uma hipnose, para mim, através de um áudio de WhatsApp, quando eu estava entubado. Assim que ouvi eu tive algumas reações de melhora lá dentro”, revela.
Rodrigo explica que as pessoas devem estar preparadas para o pós-pandemia. “Nós estamos em uma situação que a pandemia afeta muito as pessoas. Mas tem um quadro mais significativo, não só para quem está com covid como o pós-covid também. O chamado transtorno de stress pós-traumático é uma realidade”, finaliza.