Na noite da última quarta-feira (30), por volta das 20h30min, a equipe de serviço PM em Lagoa do Barro do Piauí, realizava barreira policial na PI-459, na altura do povoado Umburana, em Lagoa do Barro, quando abordou um veículo Chevrolet Cobalt cinza, placa de São Paulo/SP, que estava com um farol queimado e marcas de sinistro na sua lateral.
Ato contínuo, ao ser realizado a entrevista, a equipe notou, nos ocupantes do veículo, dois homens e uma mulher, um certo nervosismo e contradições nas informações. Foi solicitado que os ocupantes desembarcassem do veículo para uma verificação mais detalhada e foi determinado que o condutor do veículo abrisse o porta-malas do carro.
Quando da abertura do porta-malas, foi detectado em seu interior, diversas aves silvestres, armazenadas em gaiolas e caixas de papelão amontoadas. O condutor do veículo, assumiu a autoria do fato criminoso e posse dos animais que eram oriundas da cidade de Alagoinha-PI e tinham como destino final à cidade de Caruaru-PE.
Relatou que trabalha como vendedor ambulante de roupas, saiu da cidade de Caruaru-PE no dia anterior, com sua companheira e um amigo, que pegou na cidade de São Caetano-PE, com destino ao Piauí, onde realizaria algumas cobranças. Que na cidade de Alagoinha do Piauí, adquiriu 126 aves silvestres, sendo:
- 14 papagaios da família dos psittacidae de aves pertencentes à ordem dos psittaciformes, que compreende a espécies de papagaios e periquitos e as araras que comprou por R$ 50,00 cada unidade;
- 02 curicas ou papagaio-do-mangue, da mesma família citada acima, que comprou por R$ 40,00 cada unidade e;
- 110 papa-capim da família dos thraupidae de aves pertencentes à ordem dos passeriformes, alguns já mortos (54) pelo valor de R$ 3,00 cada unidade.
O nacional W. G. M., autor do crime ambiental, relatou que iria realizar o comércio das aves a partir da cidade de Dormentes-PE até o destino final, Caruaru-PE e cada animal seria vendido por no mínimo três vezes a mais do valor de compra e que utilizava rota alternativa para fugir da fiscalização. Além das aves silvestres, foram apreendidos também 03 gaiolas e 01 veículo.
O autor do fato irá responder por crime ambiental contra à fauna, previsto na lei dos crimes ambientais, além de sanções administrativas do IBMA e da Polícia Militar Ambiental.
Os papa-capins foram soltos em área indicada pelos órgãos ambientais e os papagaios encaminhados para centro de recuperação e posteriormente colocados em liberdade.