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Piauí tem o maior número de residências com TV de tubo no país, aponta IBGE

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Ao longo do tempo, as tecnologias vão se aprimorando para trazer mais comodidade a quem as utiliza. No anos 1950 os aparelhos de televisão começaram a se dinamizar no Brasil e criaram a cultura do consumo coletivo de notícias e entretenimento. Com o passar das décadas, as antigas televisões de tubo ganharam controle remoto, o que tornou assistir TV mais cômodo. A chegada dos aparelhos de vídeo cassete e DVD levou o “cinema para dentro de casa” e agora, com as smart TV’s, assistir televisão se tornou quase uma experiência imersiva.

Mas há quem ainda permaneça nos primórdios desta linha do tempo. No Piauí, por exemplo, 18,4% dos domicílios ainda possuem somente televisão de tubo. Em 2016, mais da metade dos lares piauienses contavam com apenas este tipo de aparelho de TV. Os números colocam o estado na posição de primeiro do Brasil na quantidade de residências com televisão de tubo. Os dados foram revelados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), do IBGE, divulgada nesta sexta (16).

Para efeito de comparação, o estado onde se concentra a menor quantidade de residências que possuem televisão de tubo, Santa Catarina, tem um número quase nove vezes menor que o Piauí (2,6% da população). A quantidade de casas com televisão de tubo em território piauiense é mais que o dobro da média do país (7,2%).

A última vez que este tipo de pesquisa havia sido feita pelo IBGE tinha sido em 2016. Os pesquisadores questionaram aos estrevistados que tipo de aparelho de TV eles tinham em casa. Em 2016, 35,7% dos piauienses responderam que tinham somente televisão de tela fina (LED, LCD ou plasma); 55,9% responderam que tinham somente TV de tudo e 8,4% disseram ter televisão de tela fina e de tubo.A média brasileira para estes indicadores naquele ano era de 54,2% de casas com somente TV de tela fina, 32,9% com somente TV de tubo e 12,9% de domicílios com TV tela fina e TV de tubo.

Piauí é o Estado brasileiro com o maior números de residências com televisão de tubo, diz IBGE - (Reprodução/Gov.br)
Foto: reprodução/Gov.br

Em 2023, sete anos depois, houve uma mudança no cenário piauiense: 79,9% responderam ter somente televisão de tela fina em casa; 18,4% disseram ter somente TV de tubo e 1,7% disseram ter TV tela fina e TV de tubo. Apesar de quase 80% de seus domicílios terem TV LED, LCD ou de plasma, o Piauí ainda sustenta a menor proporção de TV’s tela fina por domicílio do país. Para se ter uma ideia, a proporção de casas com televisão tela fina no Brasil é 90,8%. Santa Catarina é o estado com a maior proporação (96,1%).

Mas se por um lado, o Piauí congrega a maior proporção de domicílios com televisão de tubo do Brasil, por outro tem casas que nem as TV’s mais antigas possuem. A PNAD Contínua do IBGE revela que a proporção de domicílios piauienses sem acesso a televisão chega a quase 10% dos lares. Houve aumento deste indicador ao longo dos últimos oito anos. Em 2016, 4,5% das casas no Piauí não tinham TB. Em 2023, 9,4% dos entrevistados afirmaram não possuírem televisão em casa. O número subiu 4,9 pontos percentuais e coloca o Piauí como o oitavo maior aumento das casas sem acesso a televisão entre todos os estados brasileiros.

Piauí é o Estado brasileiro com o maior números de residências com televisão de tubo, diz IBGE - (Freepik)
Foto: Freepik

O Estado seguiu a mesma tendência que se observou no restante do país: no Brasil, a proporção de domicílios sem televisão saltou de 2,8% em 2016 para 5,7% em 2023 no país. Hoje, o estado com o menor indicador de não acesso à TV é o Rio de Janeiro, com somente 2,6% de sua população sem possuir um aparelho em casa.

O IBGE observou uma relação entre possuir TV com acesso à renda. O rendimento mensal per capita dos domicílios que não tinham televisão no Brasil era de R$ 1.419, ou seja, menos que um salário mínimo e praticamente a metade do rendimento observado nos domicílios que tinham televisão (R$ 2.262).

Hoje, uma TV de tubo custa média de R$ 1,5 mil a 4 mil no mercado online. Alguns modelos vêm acrescido de recursos interativos e de acesso à internet, mantendo o design tradicional de televisões mais antigas. Uma TV tela fina chega a custar de R$ 1.500 a mais de R$ 20 mil dependendo do tamanho, resolução e formato de tela.

Fonte: Portal O Dia

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