A estação chuvosa vai se confirmando no Piauí, especialmente na região do sertão, e, com ela, chegam os problemas típicos desse período. A incapacidade das cidades em conviver com um volume grande de água, fenômeno cada vez mais comum, ocasionado pelas mudanças climáticas, traz transtornos de toda espécie aos moradores.
Nas estradas, quando as chuvas se intensificam, o perigo é dobrado. Na região dos cerrados, as rodovias não se tornam apenas perigosas, como acarretam prejuízo aos produtores, que são obrigados a utilizarem máquinas próprias para facilitar o escoamento da produção de grãos.
Nos centros urbanos, os moradores são atingidos por enxurradas que inundam ruas, invadem as casas e alteram toda a rotina da cidade. Ontem, choveu 54 mm em Alto Longá, segundo dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). O mesmo centro prevê chuvas expressivas para Campo Maior nos próximos dias. Em Picos, já vem chovendo forte há alguns dias. E lá, os maiores prejudicados foram os pacientes do Hospital Regional Justino Luz, que ficou completamente alagado.
Em Teresina, por enquanto, a chuva ainda é só promessa. A precipitação pluviométrica tem sido aquém do esperado para o período. Ainda assim, já abriu uma cratera na altura da Santa Maria da Codipi, na zona norte da capital. E ao simples sinal de chuva, os moradores da zona leste também ficam preocupados, com receio das inundações que se repetem anualmente por lá.
A galeria da zona leste é uma obra lenta, que já se arrasta há sete anos. A obra está avaliada em R$ 49,4 milhões e, quando concluída, deverá se estender por 7 km. Depois de tantas idas e vindas com contratos que foram cancelados com as construtoras, a previsão agora é que a galeria seja entregue no final deste ano. Mas isso, claro, vai depender do volume de chuvas previsto para a capital, que é o que vai ditar o ritmo das obras.
Fonte> CidadeVerde
