Justiça do MA mantém prisão de empresário acusado de matar policial civil do Piauí

A Justiça do Maranhão manteve a prisão preventiva do empresário Bruno Arcanjo, acusado de assassino o policial civil do Piauí Marcelo Soares , que atuava no Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). O crime ocorreu durante uma operação no município de Santa Luzia do Paruá, no dia 3 de setembro de 2024.

A defesa do empresário solicita a revogação da prisão preventiva, alegando ausência dos requisitos legais para a custódia cautelar e excesso de prazo na detenção. No entanto, o Ministério Público indeferiu o pedido, decisão que foi acolhida pela juíza Patrícia Bastos de Carvalho Correia.

Em sua decisão, proferida nesta terça-feira (1º), a magistrada destacou a gravidade do crime e a insuficiência de medidas alternativas à prisão, nos termos do artigo 319 do Código de Processo Penal (CPP).

“As medidas cautelares alternativas à prisão devem ser aplicadas quando forem suficientes para garantir os fins do processo. No caso em apreço, tais medidas se revelam insuficientes e confortáveis, ante a gravidade concreta da conduta imputada”, afirmou a juíza.

Sobre a alegação de excesso de prazo feito pela defesa, a magistrada ressaltou que o processo seguiu o trâmite regular e já teve a instrução criminal concluída.

O empresário Bruno Arcanjo foi denunciado pelo Ministério Público e se tornou réu por homicídio qualificado contra o policial civil Marcelo Soares. A denúncia foi feita com base no artigo 121 do Código Penal, com as aprimoradas de crime contra autoridade ou agente e uso de arma de fogo de uso restrito ou proibido.

Além da acusação de homicídio de Marcelo Soares, Bruno também respondeu por homicídio qualificado tentado contra outros quatro agentes da Polícia Civil que participaram da operação

Entendido o caso

Foto: Polícia Civil 

Casa onde o Bruno estava e o policial foi morto
Casa onde o Bruno estava e o policial foi morto

O policial civil Marcelo Soares da Costa, de 42 anos, foi morto durante uma ação policial na cidade de Santa Luzia do Paruá, no Maranhão. Ele fez parte da equipe que cumpriu mandatos da Operação Turismo Criminoso, deflagrada contra um esquema de fraudes no Departamento de Trânsito do Piauí (Detran-PI).

A operação, coordenada pelo delegado Laércio Evangelista, contou com uma equipe de quatro policiais civis. Durante o cumprimento dos mandados contra um suposto estelionatário, o grupo foi recebido a tiros.

Marcelo Soares foi atingido no buscador e, apesar de ser socorrido pelos colegas e encaminhado a um hospital da região, não resistiu aos ferimentos.

Fonte: Cidade Verde