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Justiça determina tornozeleira eletrônica e bloqueio de bens de promotor suspeito de cobrar R$ 3 milhões para arquivar processo

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A Polícia Federal e o Ministério Público do Piauí cumprem nesta quinta-feira (15) mandados de busca e outras determinações judiciais contra o promotor de Justiça investigado na Operação Iscariotes. Conforme a PF, foi determinado monitoramento eletrônico e bloqueio de bens, além de buscas em cinco endereços.

A operação foi deflagrada na quarta-feira (7) após denúncia de um empresário, que procurou o plantão policial federal e relatou ter sido abordado pelo promotor de justiça em um restaurante. Segundo ele, o promotor teria pedido o valor de R$ 3 milhões para que fosse arquivado processo judicial contra o empresário.

Nesta segunda etapa da investigação, a PF informou que também está sendo investigado o assessor do promotor, que também é suspeito de participação no esquema. Nenhum deles teve seu nome informado.

A Justiça determinou o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos dos investigados, sendo quatro em Teresina e um na cidade de Picos.

O Tribunal de Justiça do Piauí também determinou o bloqueio de bens e valores, o afastamento do cargo público e o monitoramento eletrônico dos investigados, além de outras medidas cautelares.

“Comprovados os fatos sob investigação, o agente público poderá responder pelo crime de concussão, que consiste na prática de exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida”, informou a PF em nota.

Afastamento
A Procuradoria Geral de Justiça do Piauí informou, na sexta-feira (9), que afastou o promotor de Justiça investigado por suspeita de exigir R$ 3 milhões para arquivar processo. Ele foi denunciado por um empresário, que procurou a Polícia Federal. Nem o promotor e nem o empresário tiveram seus nomes informados.

A decisão, informada em nota pelo MP (leia a íntegra ao fim da reportagem), foi tomada após determinação da Corregedoria Nacional do Ministério Público. O afastamento terá prazo inicial de 90 dias e proibição de seu acesso a qualquer dos prédios e instalações do MPPI.

Devido às denúncias, o Conselho Nacional do Ministério Público instaurou reclamação disciplinar contra o promotor de Justiça.

Como parte do processo, a Corregedoria-Geral do MPPI realizará correição extraordinária na Promotoria de Justiça titularizada pelo investigado e em outras Promotorias em que tenha oficiado nos últimos anos.

G1

Redação
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