GD participa de Seminário na Alepi sobre transposição do Rio São Francisco

O prefeito de Jacobina, GD, participou nesta segunda-feira (08) do seminário “Mais Piauí: a Alepi ao seu lado”, organizado pela Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) no Plenário Waldemar Macedo. O evento teve como foco o debate sobre segurança hídrica e a transposição do Rio São Francisco para beneficiar o estado.

GD destacou que as barragens Poço do Marruá e Pedra Redonda são importantes para o abastecimento da região, porém não garantem segurança hídrica suficiente para apoiar a agricultura familiar.

“Quando a barragem Pedra Redonda foi inaugurada, em 2000/2001, a Poço do Marruá já estava sendo feita. Dez anos depois vem a seca. Qual a importância desse momento aqui: se não tivesse esses planejamentos em ter essas duas barragens 10 anos antes, estaríamos pegando água a carro pipa em Sobradinho. Mas graças a esse planejamento, de fazer aquelas barragem naquela região estratégica, a barragem Poço do Marruá e a Pedra Redonda, com muita dificuldade, supriu a necessidade da região naquela época. Eu acredito que, quem sabe, em menos de dez anos, por meio desse planejamento a gente possa ter de fato a segurança hídrica da região semiárida do Piauí que é uma transposição do Rio São Francisco, porque até agora, só com as barragens não temos segurança”, diz GD.

Ele ainda ressalta a importância da transposição chegar até o rio Canindé, evitando assim um descontrole social.

“Se a transposição chega no rio Canindé, ela fica próxima a uma ampliação do rio Itaim que pega o outro lado da região, os dois lados estariam seguros hidricamente para que as pessoas não precisem sair da sua zona rural, porque aí começa o descontrole social dos municípios. Se todos da zona rural deixar de produzir e vir pra zona urbana, dá o descontrole social. A partir do momento que a gente assegura essa população, os agricultores em seus interiores, eles não só estão mantendo esse descontrole mas estão ajudando e produzindo. Assim a agricultura familiar incentiva o mercado local, do município. Portanto, todo o equilíbrio da nossa região do semiárido parte da água”

Durante o seminário, foi recomendado por gestores e representantes municipais que as águas do rio São Francisco cheguem para a atender as residências, com prioridade nas cidades do interior; atender as demandas de produção alimentícia da agricultura familiar com água e estrutura de insumos, energias, equipamentos, sementes e acesso a mercados; abastecimento na zona rural para reabastecer as famílias agricultoras com cisternas de água para beber e perenizar cursos de água dentro das duas bacias dos rios Piauí e Canindé, como riachos e lagoas.

O presidente da Alepi, deputado Franzé Silva, afirma que a transposição do Rio São Francisco no Piauí só será possível com um esforço da classe política, assim como foi em alguns dos estados do país.

“Estamos resgatando este tema, que já foi debatido no Congresso Nacional, através de lideranças como o ex-deputado federal B. Sá, o ex-deputado Jesus (Rodrigues), que também serão convidados para a primeira mesa temática, que trata de resgatar esse projeto inicial, mas que precisa agora de esforço da classe política. Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Bahia e Pernambuco já foram beneficiados com a transposição do Rio São Francisco, mas só conseguiram porque teve um esforço da classe política, da sociedade organizada”, disse Franzé.

Franzé Silva acredita ainda na possiblidade real de transformar a estrutura hoje existente no semiárido piauiense. Para ele, é inconcebível que algumas cidades ainda sejam abastecidas com carros-pipas, como é caso de Marcolândia.

“Isso é uma vergonha, não podemos deixar que isso tenha continuidade, por isso o Piauí busca agregar senadores, deputados federais e estaduais, os prefeitos e a sociedade civil num esforço concentrado. Queremos buscar soluções para o abastecimento de água”, disse o presidente da Alepi.

Fonte: Portal R10