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Empresariado vê acertos e ressalvas em fala de Lula durante posse

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Representantes do empresariado viram acertos nas falas de Lula neste domingo (1º), mas deixaram ressalvas. A mensagem de que não há ânimo para revanche acalmou preocupações sobre a manutenção do clima polarizado.

Parte das falas do presidente incomodou, como as críticas ao teto de gastos e a sinalização de mudança na lei trabalhista, mas não surpreendeu.

Reservadamente, a avaliação é a de que Lula poderia ter feito menção mais contundente à reforma tributária.

Para Ricardo Roriz, presidente da Abiplast (indústria do plástico), foi bom ver Lula reforçar a importância do incentivo à reindustrialização e do combate à desigualdade.

“Diminuir a desigualdade significa criar empregos de boa qualidade. O Brasil não pode continuar a ser um país exportador de commodities. Precisa agregar valor aos seus produtos e serviços. Ele acertou ao falar na necessidade de união sem revanchismo e precisa disseminar a importância disso para sua equipe”, disse Roriz.

Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, que representa a indústria farmacêutica, diz que o setor espera previsibilidade. “A indústria farmacêutica instalada no Brasil, independentemente da origem do capital, tem certeza de que o governo Lula respeitará os contratos e trará previsibilidade para o desenvolvimento da nossa indústria no país.”

Lula está segurando um papel amarelado enquanto fala em frente a um microfone. Ele veste um terno azul.

Presidente Lula faz seu primeiro discurso após posse na Congresso Nacional – Reprodução

Para Sergio Mena Barreto, da Abrafarma, que reúne as grandes redes do varejo farmacêutico, o tema principal é saber que o Farmácia Popular será retomado pelo novo governo. “O programa vinha sendo sucateado e carecendo de instrumentos modernos de gestão”, afirma.
Segundo Barreto, a Abrafarma realizou, com o Insper, um estudo do programa Aqui Tem Farmacia Popular e apresentou o relatório à equipe de transição.

“Esperamos poder discuti-lo em breve com a equipe que assumirá o Ministério da Saúde”, diz.

Segundo Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar (associação de energia solar), o setor considera positiva a indicação de compromisso do novo governo com a transição energética e a neutralização de gases do efeito estufa na matriz energética.

No setor de educação, Celso Niskier, reitor da UniCarioca e presidente da ABMES (associação das mantenedoras do ensino superior), elogiou o discurso de inclusão social e disse que o setor quer contribuir com essa agenda.

Fonte: Folhapress

Redação
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