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MEC admite erro nas notas do Enem e alega “inconsistência” em correção

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Atualizada às 13h36

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, informou neste sábado (18) que notas do Enem foram divulgadas com erros. O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) liberou na sexta-feira os resultados individuais da última edição do exame. Desde a noite de sexta, participantes relatam nas redes sociais estranhamento com as notas.

Weintraub publicou vídeo na manhã deste sábado nas redes sociais em que assume a falha. “Encontramos inconsistências na contabilização e correção da segunda prova do Enem”, disse ele.
O ministro disse que o impacto em número de candidatos foi pequeno, mas não detalhou os números.

Ministro da Educação, Abraham Weintraub – Foto: Marcelo Camargo/Abr

“Um número muito pequeno de pessoas teve o gabarito trocado quando foi fechado os envelopes”.

Weintraub havia comemorado em diversas ocasiões que esta edição do exame, a primeira sob o governo Jair Bolsonaro, havia sido a melhor de todos os tempos por falhas não terem sido registradas.

O governo Bolsonaro promete corrigir as falhas até segunda-feira. “Houve inconsistência no gabarito de algumas provas do Enem 2019 e, por isso, candidatos foram surpreendidos com os resultados de suas notas”, escreveu o ministro, na publicação do vídeo.

“O número é muito baixo. Até segunda-feira, dia 20, tudo será resolvido. Pedimos desculpas aos participantes do exame pelo transtorno.”Uma entrevista coletiva foi chamada às pressas na manhã deste sábado. Weintraub e o presidente do Inep, Alexandre Lopes, devem dar detalhes sobre as falhas.

Quase 4 milhões de pessoas participaram do exame.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, apontou falha da gráfica Valid Soluções S.A. nas notas erradas. Esse foi o ano em que a empresa trabalhou pela primeira vez com o teste. O dirigente do órgão estimou um número inferior a nove mil candidatos com o problema.

O problema, de acordo com Lopes, foi verificado no segundo dia do teste, realizado no dia 10 de novembro. Candidatos fazem provas diferentes, que são identificadas por cores. Na hora da correção, houve pessoas que realizaram prova de uma cor e tiveram a correção com base em outra, afirmou. Segundo ele, o mesmo problema ocorreu em anos anteriores.

“Não há nenhum prejuízo concreto”, disse Lopes. Dos 5.095.388 inscritos no Enem ano passado, 3.709.809 fizeram a prova no segundo dia de aplicação. Anteriormente, ele havia citado um número inferior a 1% de candidatos com o problema. Até o momento, foram confirmados quatro candidatos em Viçosa (MG) com as notas trocadas, afirmou o dirigente. “Acho que não chega a nove mil pessoas.”

‘Falha administrativa’

Lopes classificou o erro da gráfica como uma “falha administrativa de transmissão de informações”, mas afastou a possibilidade de punição à empresa. “Situações, problemas, sempre podem acontecer. O que temos que ter primeiro é transparência”, comentou.

Ele ainda se disse “bastante satisfeito” com o trabalho da gráfica e que não está avaliando uma punição com base no contrato. “Acho que não há problema nenhum”, afirmou. “Fazer ilações sobre a capacidade técnica e gerencial de qualquer um dos parceiros seria leviano.”

O MEC abriu um canal por e-mail e telefone para receber reclamações de candidatos que possam ter sido prejudicados. Quando a nota errada é verificada, a prova será corrigida novamente até segunda-feira, de acordo com o Inep.

Fonte: Folhapress e Estadão Conteúdo

Humberto Júnior
Humberto Júniorhttps://www.1bertojunior.com
Amante da tecnologia e desafiador.
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